A Terapia Cognitivo – Comportamental (TCC) emergiu na década de 60 como uma abordagem integrada que enfatiza a influência dos processos cognitivos sobre o comportamento, emoções, biologia e ambiente. Destacando-se no cenário psicoterapêutico, a TCC baseia-se no Modelo Cognitivo, que propõe que as emoções e comportamentos de um indivíduo são diretamente influenciados pela sua interpretação das experiências.
A TCC de Aaron Beck, um dos principais modelos, foca na modificação de padrões de pensamento disfuncionais para melhorar o bem-estar emocional. Este modelo identifica três níveis de cognição: pensamentos automáticos, crenças intermediárias e crenças centrais, que moldam a percepção do indivíduo sobre si mesmo e o mundo.
A formulação de casos é um componente crítico da TCC, permitindo uma compreensão detalhada dos problemas do cliente e facilitando o desenvolvimento de estratégias terapêuticas eficazes. Essa formulação integra entrevistas iniciais e instrumentos padronizados de avaliação para identificar problemas, pensamentos disfuncionais, e influências passadas.
A TCC promove uma relação terapêutica colaborativa, onde terapeuta e cliente trabalham juntos para identificar, avaliar e modificar pensamentos e crenças disfuncionais. Técnicas como o registro de pensamentos e o questionamento socrático são essenciais para este processo, além disso oferece uma abordagem estruturada e adaptável para tratar distúrbios psicológicos, destacando-se por sua eficácia comprovada e adaptabilidade às experiências individuais de cada cliente.
Referência bibliográfica: ARAÚJO, Cristiane Figueiredo; SHINOHARA, Helene. Avaliação e diagnóstico em terapia cognitivo-comportamental. Interação em psicologia, v. 6, n. 1, 2002.