A demência vascular (VCID – Vascular Cognitive Impairment and Dementia) é a segunda forma mais comum de demência, ficando atrás apenas da Doença de Alzheimer. Estudos recentes indicam que cerca de 70% dos casos de demência apresentam algum componente vascular, tornando o tema altamente relevante para profissionais da saúde, pesquisadores e familiares envolvidos no cuidado de pessoas idosas.
Neste contexto, a avaliação neuropsicológica se destaca como uma ferramenta essencial para o diagnóstico preciso, o planejamento terapêutico e a reabilitação cognitiva. Diferente do Alzheimer, que geralmente começa com prejuízos na memória de armazenamento, a demência vascular costuma afetar inicialmente funções executivas, atenção e velocidade de processamento. Essa distinção é fundamental para definir estratégias de intervenção adequadas.
Em vídeo recente publicado no canal, apresento os principais achados do artigo científico de Cavanagh & Paulsen (2024), que revisa os perfis cognitivos da demência vascular e destaca o papel da neuropsicologia na prática clínica. O conteúdo aborda:
- Diferenças entre demência vascular e Alzheimer
- Principais déficits cognitivos observados em VCID
- Critérios para encaminhamento à avaliação neuropsicológica
- Estratégias de reabilitação baseadas em evidências
- Impacto das intervenções na qualidade de vida e autonomia dos pacientes
Além disso, o vídeo discute como intervenções não farmacológicas — como exercício físico regular e treinamento cognitivo — podem gerar ganhos funcionais relevantes, mesmo em fases iniciais da doença.
📺 Assista ao vídeo completo:
📚 Referência científica: Cavanagh L, Paulsen JS. Neuropsychology and Vascular Cognitive Impairment and Dementia. Neurol Clin. 2024 Nov;42(4):809-820. doi: 10.1016/j.ncl.2024.05.006. Epub 2024 Jun 29. PMID: 39343476; PMCID: PMC12261353.
