A demência frontotemporal (DFT) é uma causa frequente de demência pré-senil e apresenta dificuldades significativas em termos de diagnóstico e manejo clínico no Brasil. Uma pesquisa nacional foi realizada para investigar essas práticas e identificar desafios.
Objetivo: Avaliar práticas médicas e dificuldades no diagnóstico e manejo da DFT no Brasil.
Métodos: Um questionário online com 29 questões foi enviado a neurologistas brasileiros. 256 médicos responderam.
Resultados:
- Principais diagnósticos diferenciais: Doença de Alzheimer (82%), Transtorno Bipolar (46%) e Demência com Corpos de Lewy (36%).
- A maior dificuldade apontada foi na testagem genética para DFT.
- 93% dos médicos consideram a avaliação de cognição social útil no diagnóstico, e 63% utilizam biomarcadores liquóricos.
Conclusões: Os resultados ressaltam a necessidade de melhorar a educação, treinamento médico e pesquisa sobre DFT no Brasil.
Referência bibliográfica:
de Souza, L. C., Brucki, S. M. D., Schilling, L. P., Silva, L. C. da ., Takada, L. T., Bahia, V. S., Barbosa, B. J. A. P., Balthazar, M. L. F., Frota, N. A. F., Nitrini, R., Caramelli, P., & Smid, J.. (2023). Current clinical and research practices on frontotemporal dementia in Brazil: a national survey. Arquivos De Neuro-psiquiatria, 81(7), 632–640. https://doi.org/10.1055/s-0043-1771173
