O Transtorno de Personalidade Anti-Social (TPAS) é um distúrbio mental caracterizado por um padrão persistente de desrespeito e violação dos direitos dos outros. Além de fatores psicossociais, como ambiente familiar e histórico de abuso, aspectos biológicos desempenham um papel crucial na fisiopatogenia do TPAS.
Aspectos Psicossociais
Os fatores psicossociais incluem:
- Histórico Familiar: Presença de comportamentos anti-sociais em familiares próximos.
- Ambiente de Criação: Exposição a ambientes familiares desestruturados e abusivos.
- Influências Sociais: Pressão de grupos e associações com pares delinquentes.
Aspectos Biológicos
Pesquisas em neuroimagem apontam para o envolvimento de estruturas cerebrais específicas e sistemas neuroquímicos:
- Estruturas Cerebrais Frontais:
- Córtex Orbitofrontal: Relacionado à tomada de decisões e controle de impulsos.
- Amígdala: Associada ao processamento de emoções e respostas ao medo.
- Função Serotonérgica:
- Pacientes com TPAS mostram respostas hormonais atenuadas a desafios farmacológicos que aumentam a função serotonérgica cerebral.
- Redução da concentração de receptores serotonérgicos é observada nesses indivíduos.

Abordagem Ampla
Para compreender e tratar o TPAS de forma eficaz, é essencial uma abordagem multidisciplinar que considere:
- Intervenções Psicossociais: Terapias comportamentais e suporte familiar.
- Tratamento Médico: Medicações que possam corrigir desequilíbrios neuroquímicos.
- Pesquisa Contínua: Investigações adicionais para entender as interações complexas entre fatores biológicos e psicossociais.
Uma visão integrada desses aspectos contribui para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção mais eficazes, com potencial para reduzir a prevalência e o impacto do TPAS na sociedade.
Referência bibliográfica:
Del-Ben, C. M.. (2005). Neurobiologia do transtorno de personalidade anti-social. Archives of Clinical Psychiatry (são Paulo), 32(1), 27–36. https://doi.org/10.1590/S0101-60832005000100004