Manejo da depressão em adultos

A depressão maior é uma condição de alta prevalência e impacto. Nos Estados Unidos, cerca de 9% dos adultos enfrentam episódios de depressão a cada ano, com uma prevalência ao longo da vida de até 30% em mulheres e 17% em homens. Trata-se de um transtorno sério, caracterizado por humor deprimido, perda de interesse em atividades e outros sintomas emocionais e físicos que duram pelo menos duas semanas.

🔎 Avaliação Clínica Completa O diagnóstico exige uma avaliação estruturada da gravidade dos sintomas, além da investigação de risco de suicídio, bipolaridade, sintomas psicóticos, uso de substâncias e comorbidades ansiosas.

💡 O que dizem as evidências sobre o tratamento?

📌 Psicoterapias específicas, como:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

  • Ativação Comportamental

  • Terapia Interpessoal

  • Terapia de Resolução de Problemas

  • Psicoterapia Psicodinâmica Breve

  • Psicoterapia baseada em Mindfulness
    → Mostram efeitos de tamanho médio na redução dos sintomas comparadas aos cuidados habituais sem psicoterapia.

📌 Medicações antidepressivas (21 diferentes foram analisadas)
→ Mostram efeitos de pequeno a médio porte em relação ao placebo, variando de fluoxetina (efeito menor) até amitriptilina (efeito maior).

📌 Terapia combinada (psicoterapia + medicação)
→ Tem resultados superiores à medicação isolada ou psicoterapia isolada, especialmente em casos graves ou crônicos.

📌 Quando o tratamento inicial com antidepressivo não funciona:

  • Pode-se trocar o medicamento

  • Associar outro antidepressivo

  • Ou adicionar uma medicação complementar (como estabilizadores ou antipsicóticos em dose baixa)
    → Essas estratégias têm eficácia semelhante entre si.

📌 Cuidados colaborativos, com acompanhamento contínuo e avaliação de resultados, também se mostram mais eficazes que os cuidados tradicionais.

Conclusão O tratamento da depressão maior deve ser individualizado e baseado em evidências, combinando intervenções psicoterápicas e farmacológicas quando necessário. O monitoramento regular e o envolvimento ativo do paciente são fatores-chave para o sucesso terapêutico.

Referência do estudo: Manejo da depressão em adultos: uma revisão | Transtornos Depressivos | JAMA | Rede JAMA