O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno mental frequente e subdiagnosticado na população adulta em geral, com prevalência relatada de até 5,8%. Os sintomas estão relacionados à desatenção, hiperatividade e impulsividade. Os critérios padronizados atuais prescrevem que o comprometimento funcional deve estar presente. O TDAH foi conceituado como um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta vários aspectos da vida de um indivíduo, levando a deficiências acadêmicas, sociais e interpessoais. Contribui para mudanças de emprego, problemas conjugais e sofrimento psicológico. Ignorar o comprometimento funcional no TDAH pode levar a diagnósticos falsos negativos.
O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida em adultos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) sem tratamento prévio, comparando-os com um grupo controle saudável e investigando a relação entre qualidade de vida e gravidade dos sintomas.
Utilizou-se a Escala de Auto-Relato de TDAH e a escala WHOQOL-BREF da OMS para medir a qualidade de vida em 46 adultos com TDAH (média de idade de 29,3 anos) e 28 controles saudáveis (média de idade de 28,7 anos).
Adultos com TDAH apresentaram qualidade de vida significativamente inferior em comparação aos controles saudáveis. Houve correlação negativa entre gravidade dos sintomas de hiperatividade e qualidade de vida, mas não entre desatenção e qualidade de vida.
Ferramentas como o WHOQOL-BREF são eficazes na identificação da qualidade de vida reduzida em adultos com TDAH, ressaltando a importância de considerar o comprometimento da qualidade de vida no planejamento e monitoramento de tratamentos.
Referência bibliográfica:
Silva, M. A. da ., Chaim, T. M., Cavalett, M., Serpa, M. H., Zanetti, M. V., Vieira, G. F., Busatto, G. F., & Louzã, M. R.. (2014). Health-related quality of life in adults with attention-deficit and hyperactivity disorder. Medicalexpress, 1(1), 43–46. https://doi.org/10.5935/MedicalExpress.2014.01.10
