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Breve Relato Pessoal do Processo Terapêutico na Terapia Cognitiva


Algumas pessoas ainda pensam que o processo psicoterápico ou “terapia”, nome mais conhecido é somente uma conversa entre o terapeuta e seu cliente. A relação que fazem deste contexto é de que a conversa é a mesma que um amigo, pai, vizinho, colega, etc. Esta afirmação não é verdadeira, um bom psicólogo tem sua formação e qualificação que levam muitos anos, passando pela graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, isso não necessariamente nesta ordem, a maioria dos profissionais não querem seguir no ensino, optando somente pela especialização e não tem a intenção do mestrado e doutorado. Mesmo nos casos de formação e especialização o profissional deve sempre buscar conhecer sempre melhorar seu conhecimento. Quem trabalha com saúde nunca irá deixar de estudar.
Quem afirma que a terapia é só uma conversa, desconhece o verdadeiro objetivo dessa ciência. A Psicologia é uma ciência muito importante e mesmo nova (tempo) se compararmos a medicina, já mostrou quanto é importante para nossa sociedade. Suas várias abordagens e maneira de lidar com o ser humano, cada uma trabalhando com um único objetivo, o ser humano, exemplos: Gestalt, Centrada na Pessoa, Análise do Comportamento, Cognitivo-Comportamental, etc., hoje existem muitas abordagens, cada uma tentando da sua forma ajudar seres humanos. Não irei falar aqui sobre todas as abordagens e sim na minha especialidade clínica que é a terapia cognitivo-comportamental.
A minha especialidade é a abordagem cognitivo-comportamental, comportamental é utilizado como um termo genérico. Eu, como terapeuta cognitivo acredito que a maneira como pensamos influencia como nos sentimos e nos comportamos. Não reparamos o quanto os pensamentos mudam nossa forma de sentir e de se comportar no nosso dia a dia. Esse pressuposto carrego para minha vida e não deixo somente para o consultório, acredito que a maneira como pensamos influencia como nos sentimos e nos comportamos, um exemplo disso acontece se fizermos uma prova, quando recebemos a nota, observamos que não foi aquela esperada. Se eu pensar “sou burro, sou incompetente.”, muito provavelmente irei ficar triste, ansioso, preocupado e não conseguirei estudar, vou chorar, ficar calado, esquecer o que aprendi. Agora, se nesse mesmo exemplo, eu observar a nota e pensar: “vou estudar mais, procurar alguém que me ensine.” possivelmente não irei me sentir triste, ansioso ou preocupado e terei um comportamento mais ativo, muito diferente do primeiro. Em muitas ocasiões não conseguimos pensar de maneira mais funcional, racional. Agimos de acordo com o que sentimos, somos treinados a observar os sentimentos, e aprendemos também a nos comportar de acordo com ele.
Se as pessoas soubessem o bem que fazer terapia faz não deixariam de procurar um profissional. Escuto muito no consultório e fora dele “quem procura psicólogo é maluco”. O que costumo argumentar nestes casos é que se as pessoas soubessem o bem que o processo de psicoterapia pode fazer por elas, todas iriam procurar um profissional e que a maioria das pessoas que fazem terapia não tem nenhum diagnóstico psiquiátrico e sim buscam resolver problemas do seu dia a dia.
A busca pelo autoconhecimento nos ajuda a entender o que normalmente pensamos e sentimos de maneira equivocada e com isso nos comportamos de maneira equivocada em muitas situações do nosso dia.  Em muitas ocasiões vamos entender por exemplo, que podemos dizer não, que não precisamos agir impulsivamente, que não precisamos magoar outras pessoas com nossas opiniões, muitas pessoas acham que falar o que pensa é sempre correto mesmo machucando o outro, podemos ver outras maneiras de falar sem que machuque o outro.
Então procure um profissional qualificado e mude para melhor.